Sara Cruz dedicou o seu mestrado ao estudo da Teoria da Guerra Justa (TGJ), com especial ênfase nas abordagens conflituantes entre a chamada TGJ ortodoxa, sintetizada nos trabalhos de Michael Walzer, e a crítica revisionista contemporânea, encabeçada (principalmente) pelo trabalho de Jeff McMahan. A partir desta última, o seu interesse tem-se alargado a outros conceitos subjacentes ao debate sobre a guerra justa, como a ética da defesa própria e dos outros, a intervenção, a obediência e o consentimento. Este tem-se mantido como o campo de investigação da sua preferência, particularmente devido aos tempos inquietantes que vivemos, aos desafios colocados pela prevalência de conflitos entre Estados e não-Estados em todo o mundo, à crescente introdução de tecnologias como os veículos aéreos inabitados e as armas letais autónomas na guerra contemporânea, e aos dilemas morais e éticos que surgem da proliferação generalizada de tais armas e da sua utilização em conflitos passados e presentes. Não obstante, interessa-se também por história do pensamento político, teorias da justiça, feminismo e ética animal.